A IMPORTÂNCIA DO PERDÃO

03-01-2012 00:53

 

  Luisinho entra em casa fulo da vida. Seu pai, que estava indo para o quintal para trabalhar na horta, ao  ver aquilo chama o menino para uma conversa.

Luís, que tem oito anos de idade, o acompanha desconfiado. Antes que seu pai diga alguma coisa, o menino fala irritado:
- Pai estou com muita raiva. O Juca não deveria ter feito aquilo comigo. Desejo tudo de ruim pra ele.
Seu pai escuta calmamente o filho, que continua a reclamar:
- O Juca me humilhou na frente dos meus amigos. Não aceito isso. Gostaria que ele ficasse muito doente, sem poder sair de casa.
O pai escuta calado, enquanto caminha até um depósito onde guarda um saco cheio de carvão. Levou, então, o saco até o fundo do quintal. O menino o ac
ompanhou calado. Luís vê o saco ser aberto e, antes mesmo de fazer uma pergunta, o pai lhe propõe:

- Filho faz de conta que aquela camisa branquinha que está secando no varal é o seu amiguinho Juca e que cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu endereçado a ele.                                                                                                

Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou.   

O menino achou que essa seria uma brincadeira divertida e pôs mãos à obra.  

O varal com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços acertavam o alvo.  

Mas o menino não desistiu enquanto não esvaziou o saco de carvão.                                                                

Depois de uma hora, o menino terminou a tarefa. 

O pai, que espiava tudo de longe, se aproximou do menino e lhe perguntou:
- Filho, como está se sentindo agora?    

-Estou cansado, mas estou alegre porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa.

O pai olha para o menino, que fica sem entender a razão daquela brincadeira, e carinhoso lhe fala:
- Venha comigo até o meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa. O filho acompanha o pai e, no quarto, é colocado na frente de um grande espelho. Que susto! O menino está tão sujo de carvão que mal pode enxergar os dentes.                                                                                             

O pai, então lhe diz ternamente:    

- Filho, você viu que a camisa quase não se sujou? Mas olhe só o estado em que você ficou!  

O mal que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, a borra, os resíduos, as fuligens ficam sempre grudados em nós mesmos.

Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras.
Cuidado com suas palavras, elas se transformam em ações.
Cuidado com suas ações, elas se transformam em hábitos.
Cuidado com seus hábitos, eles moldam o seu caráter.
Cuidado com seu caráter, ele controla o seu destino.

"Então, Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão  contra mim, e eu lhe perdoarei?

Até sete? Jesus lhe disse:

Não te digo que até sete, mas  até setenta vezes sete." Mt 18.21-22