O PODER DO TOQUE

13-03-2012 00:00

 

O inverno chegou! Nessa época, sentimos desejo por algo que  nos aqueça (na realidade, necessidade): um chá, uma sopa, um cobertor, roupas ou lugares quentes. Não devemos nos esquecer que o contato físico também aumenta o calor do nosso organismo. Os antigos chamavam de  “aquecer a orelha”. Você já sentiu como é bom um abraço? Como é gostoso receber um beijo? Dar as mãos? Você também toca o coração quando fala uma palavra agradável. Você se sente tocado quando ouve uma expressão afetuosa. O toque faz algo extraordinário: demonstra através do calor do contato o quanto amamos e o quanto somos correspondidos.  O ser humano tem essa característica: precisa ser tocado e acariciado para se desenvolver emocionalmente  saudável.

Segundo a Psicologia, a Afetividade – demonstrações de afeto – é quem determina a atitude   geral da pessoa diante de qualquer experiência vivencial. A afetividade compreende o estado de ânimo ou humor, os sentimentos, as emoções e as paixões e reflete sempre a capacidade de experimentar sentimentos e emoções. O médico e psicólogo Henri Wallon atribuem à emoção que, como os sentimentos e desejos, são manifestações da vida afetiva – um papel fundamental no processo de desenvolvimento e relacionamento humano. No âmbito da família, da mesma forma, também precisamos de demonstrações diárias de afeto para que o relaciona-mento cristão se desenvolva e seja cultivado de forma contínua e saudável no lar.  

Para isso existem várias maneiras de se demonstrar o quanto somos importantes uns para os outros; cada pessoa demonstra isso de uma forma – pode ser uma flor, um toque no ombro, um carinho, uma palavra gentil e agradecida, uma palavra de arrependimento e perdão, um bilhete, um cartão, um e-mail, um telefonema, uma xícara de chá, só para nos lembrar o quanto amamos. São pequenos gestos que aquecem a amizade de forma respeitosa e gentil, sem valor material algum, mas que nos fazem sentir especial. O relacionamento humano tem  essa característica: precisamos saber (dar receber e sentir) que somos amados, e este conhecimento chega através de atitudes carinhosas. Não se trata apenas das coisas que fazemos, mas daquilo que transmitimos para o outro.    

O que fazemos quando um bebê nasce e durante os primeiros meses de vida? Ou no início de um relacionamento? E por que nossa tendência é abandonar estes cuidados e carinhos demonstrados nas atitudes gentis? O toque ensina, o toque demonstra que o relacionamento  de pais e filhos, de marido e esposa, de irmãos em Cristo está saudável e em pleno desenvolvimento. O toque aquece o coração. Jesus também usou o toque para curar, para ensinar: Mt 8.3; Mt 9.29; Mt 17.7; Mt 20.34; Mc 1.41; Mc 7.33;  Lc 7.14; Lc 7.45; Lc 22.51. Paulo orientou sobre o toque: At 20.10; At 20.37; Ro 16.16; 1Co 16.20; 2Co13.12;  1Ts 5.26. Pedro também menciona o toque: 1Pe 5.14.

Aproveite essa época do ano para aquecer sua família, para cultivar e desenvolver relacionamentos familiares através do afeto, do abraço, do toque, do carinho e de palavras gentis.  Faça um gesto carinhoso sem que seu filho espere, sem que a pessoa peça. Não desista de sentir e de oferecer carinho, basta que cada um tenha a sensibilidade para ouvir o outro,